Nos últimos anos, o Pix revolucionou a forma como realizamos pagamentos e transferências financeiras no Brasil. Porém, a partir de 1º de janeiro de 2025, algumas regras foram implementadas e é essencial que você entenda como essas mudanças podem impactar o seu negócio. Neste artigo, vamos explorar o que é o Pix, como funciona o cartão de crédito e, claro, detalhar as novas especificações para 2025.
O que é o Pix e como ele funciona?
O Pix é um sistema de pagamento instantâneo lançado em 2020 pelo Banco Central do Brasil. Sua proposta é simples: transferências ou pagamentos em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo feriados.
Com o Pix, é possível:
· Fazer transferências entre contas;
· Pagar contas e boletos.
· Receber pagamentos de vendas ou serviços, inclusive como empresa.
A grande vantagem do Pix é sua rapidez. Diferente de um boleto, que pode levar até 3 dias úteis para ser compensado, ou de um TED, que só funciona em horários bancários, o Pix garante que o dinheiro entre na conta do destinatário em segundos. Isso ocorre pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), que conecta instituições financeiras diretamente.
E como funciona o cartão de crédito?
Já o cartão de crédito é uma modalidade de pagamento diferente, baseada em crédito pré-aprovado. Na prática, você realiza uma compra com a promessa de pagamento futuro, que geralmente acontece no fechamento da fatura mensal.
Por trás dessa transação simples, há um fluxo de informações que garante a segurança e o registro:
Lojista: onde é feita a compra.
Adquirente: a empresa responsável por processar o pagamento.
Bandeira: quem conecta o lojista e o banco emissor.
Emissora: uma instituição financeira que concede o limite do cartão.
Por ser uma forma de "empréstimo temporário", o cartão de crédito exige mais verificações, mas é amplamente utilizado por sua praticidade, inclusive para compras parceladas.
O que mudou em 2025?
A partir de janeiro de 2025, as transações financeiras acima de determinados limites realizadas via Pix ou cartão de crédito passarão a ser monitoradas pela Receita Federal. Essa medida tem como objetivo aumentar a fiscalização e garantir que as movimentações estejam em conformidade com as rendas declaradas.
Confira os limites:
· Pessoas Físicas: transações que chegam a mais de R$ 5.000 por mês.
· Pessoas Jurídicas: transações acima de R$ 15.000 no mês.
É importante destacar que esse limite considera a soma de todas as transações do mês, e não apenas valores isolados.
Como isso afeta os empreendedores?
Para quem é empreendedor, essas novas regras reforçam a necessidade de organização financeira e contábil. Vamos entender os principais pontos de atenção:
Emissão de Notas Fiscais
Se você vende produtos ou presta serviços, emitir nota fiscal para cada transação é fundamental. Operações sem documentação poderão ser questionadas pela Receita Federal.
Comprovação de renda
O monitoramento visa garantir que os valores movimentados sejam compatíveis com a renda declarada. Por isso, é crucial manter todos os registros organizados, como notas fiscais, recibos e contratos.
Contas separadas
Evite misturar contas pessoais e empresariais. Receber pagamentos da empresa na conta pessoal pode gerar suspeitas e complicar a comprovação da origem dos recursos.
Planejamento Tributário
Com o aumento da fiscalização, é hora de revisar seus processos contábeis. Considere consultar um contador para garantir que tudo esteja em conformidade com as exigências.
Exemplos práticos: Como evitar problemas?
· Francisco, dono de uma padaria, recebe muitos pagamentos via Pix. Ele passou a emitir notas fiscais diariamente e registrar todas as transações em um sistema de gestão para evitar questionamentos da Receita.
· Eduarda, que trabalha como designer freelancer, usava sua conta pessoal para receber pagamentos. Com a mudança, ela abriu uma conta empresarial e começou a emitir recibos para cada cliente.
Atenção!
Se um empreendedor prestar um serviço ou vender um produto e optar por não emitir a nota fiscal, mas receber o pagamento via Pix, essa operação será monitorada e a Receita Federal poderá notificar para regularizar os impostos devidos dessa transação.
Recebimentos via Pix usando CPF, sem comprovação de origem ou documentação que justifique a transação, também poderão levar o contribuinte à malha fina.
Lembre-se...
As novas regras do Pix e do cartão de crédito é uma oportunidade para você melhorar a gestão financeira do seu negócio e operar com ainda mais segurança.
Aqui na Razonet, estamos prontos para te ajudar a se adaptar a essas mudanças! Se precisar de orientação, é só nos chamar. Estamos aqui para simplificar sua vida e ajudar seu negócio a prosperar!